São
os primeiros vestígios incontestáveis da existência do Homem que marcam o
início desta era, a qual compreende dois períodos o Plistocénico e o
Holocénico. Além do aparecimento do Homem, outro facto importante caracteriza a
era Antropozóica – o da grande mutabilidade climática do seu primeiro período
(Guimarães, 1962).
Esta
mutabilidade climática ocasionou períodos de intensa glaciação – períodos
glaciários – bem como fenómenos de migração em muitas espécies animais e
vegetais.
Nenhum
grupo taxonómico importante surge de novo no quaternário.
Porém,
em consequência das importantes modificações climáticas ocorridas no primeiro
período desta era (Plistocénico), a distribuição geográfica das espécies
animais e vegetais sofre importantes e correlativas alterações. Na mesma região
encontram-se, no Plistocénico, fósseis reveladores dum clima quente e húmido
(fósseis de hipopótamos, de elefantes, de leões, etc.) e fósseis reveladores de
um clima glacial (de mamutes, de renas, etc.).
As
variações climáticas locais motivaram importantes migrações de algumas espécies
e ocasionaram a extinção de outras (Guimarães, 1962).
A
estabilização das faunas e das floras marca o fim do Plistocénico e o início do
Holocénico ou Actual.
Nos
terrenos do quaternário (Plistocénico) surgem, pela primeira vez, provas
incontestáveis da existência do Homem – peças esqueléticas e produtos vários da
sua actividade.
Foram
encontrados em terrenos plistocénicos restos de seres com caracteres
intermédios entre os dos macacos antropóides e os do homem – os pré-hominídeos.
Estes restos foram encontrados na África (Africanthropus), e na Europa, Próximo
de Heidelberga, na Alemanha (Homem de Heidelberga).
Figura 1 – Homo heidelbergensis, Schoetensack,
1908.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Homo_heidelbergensis,
consultado em 21-12-2012.
Este
último possui um maxilar com dentição humana, mas com características
simiescas.
Os
primeiros restos humanos foram encontrados em 1856 em Neander, perto de
Dusseldórfia na Alemanha (Homem de Neantherthall.
O
“Homem de Neanderthall” era troglodita. Os seus restos que, desde 1856 para cá,
têm sido encontrados em várias regiões da Terra (Europa, Ásia, África),
encontram-se frequentemente em depósitos de cavernas. Diferia do homem actual, Homo sapiens, por vários caracteres
anatómicos: grande desenvolvimento da face e dos maxilares, saliência muito acentuada
das arcadas supraciliares, ausência de fronte, etc.
Figura 2 –
Reconstituição de criança de Neandertal (Foto do Instituto Antropológico da
Universidade de Zurique/Divulgação).
Fonte: http://terragiratg.blogspot.pt/2010/02/homem-de-neandertal-desapareceu-ha-37.html,
consultado em 21-12-2012.
O
Homo sapiens só aparece depois da última glaciação.
O
Plistocénico corresponde ao período Paleolítico ou da Pedra lascada da
Pré-história.
Nos
terrenos plistocénicos têm sido encontrados os mais variados objectos: “coup de
poings”, machados, raspadores, pontas de flecha e braceletes e colares, etc.
As
matérias primas utilizadas para a manufactura destes objectos eram variadas:
rochas duras (sílex, quartzitos e obsidianas), osso, marfim e substância córnea
dos chifres.
Figura 3 –
Instrumento paleolítico recolhido na faixa litoral minhota na década de 1980.
Fonte: http://mdds.imc-ip.pt/pt-PT/exposicaopermanente/ExpPermSala1/ContentDetail.aspx?id=109,
consultado em 21-12-2012.
Os
humanos do paleolítico deixaram, também, inúmeros testemunhos das suas aptidões
artísticas esculturas, gravuras e pinturas representativas de animais seus
contemporâneos (mamutes, renas, cavalos, bisontes, etc.).
Mais
tarde o homem aprende a polir a pedra – no período Neolítico da Pré-história ou
da Pedra Polida – e a trabalhar os metais – período dos Metais.
O
Neolítico da Pré-história corresponde ao período Holocénico.
O
Homem Neolítico deixou, também, nos terrenos holocénicos, muitos testemunhos da
sua actividade industrial e artística: machados de pedra polida. Inventou a
cerâmica, como atestam várias peças (vasos, tigelas, etc.) encontradas nos
terrenos holocénicos. Algumas destas peças de cerâmica eram ornamentadas com
desenhos.
Enquanto
o homem paleolítico era essencialmente caçador, o homem neolítico era,
sobretudo, pastor e agricultor. Já não vivia em cavernas, como os seus
antepassados, mas sim em casas agrupadas em povoações, muitas delas lacustres
(Guimarães, 1962).
Nalgumas
destas “cidades lacustres” foram encontrados fragmentos de tecidos grosseiros,
peças de cerâmica, utensílios de pesca, etc.
O
homem neolítico construía, também, monumentos megalíticos (monumentos feitos
com grandes pedras). Entre estes contam-se os dólmens ou antes, monumentos
funerários, os menhires, obeliscos grosseiros que parecem representar marcos
miliários.
O
período dos metais divide-se em três idades: Idade do Cobre, Idade do Bronze e
Idade do Ferro.
Este
período dos metais é, porém, já do domínio da Arqueologia e não da Geologia
(Magalhães, 1962).
Figura 4 – Árvore filogenética
Humana.
Fonte: http://www.flickr.com/photos/rinkratz/6800139634/,
consultado em 21-12-2012.
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