Esta
Era compreende três períodos – Paleogénico, Neogénico e Quaternário.
O
seu início marca-se por profundas alterações da flora e, sobretudo da fauna, as
quais, no decorrer da era, se vão aproximando, mais e mais, das existentes
actualmente.
A
distribuição das terras emersas e dos mares experimentou, também, grandes
variações, devido, sobretudo, aos intensos movimentos orogénicos que a
perturbaram. Foram estes movimentos que originaram o relevo dominante nos
tempos atuais.
Assumiram,
igualmente, grande violência os fenómenos de vulcanismo ocorridos durante esta
Era.
Flora
– O facto mais importante a assinalar é o predomínio crescente das
angiospérmicas. Quer as monocotiledóneas, quer as dicotiledóneas estavam
representadas por numerosas espécies, muitas delas idênticas às atuais.
Figura 1 – Fóssil
de folha de uma árvore da espécie Nissa haidingeri, do Miocénico.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nyssa_haidingeri.jpg,
consultado em 20-12-2012.
Fauna
– Os invertebrados estavam representados por quase todas as famílias hoje
existentes.
Dos
protozoários, assumiram extraordinária importância os foraminíferos. Destes, as
numulites são características do Paleogénico.
Dos
equinodermes continuam a estar largamente representados, sobretudo por formas
irregulares, os equinídeos, os quais assumem grande importância estratigráfica.
Os crinóides, são já raros.
Certas
ordens de insectos (lepidópteros, himenópteros, dípteros) tiveram um grande
desenvolvimento, relacionado, sem dúvida, com o das plantas com flores.
Os
moluscos estavam largamente representados, especialmente por lamelibrânquios e
gastrópodes.
Dos
cefalópodes, os belemnitídeos extinguem-se no princípio do Paleogénico.
No
que respeita aos vertebrados, os peixes, os batráquios, os répteis e as aves
tinham características idênticas às das formas atuais.
Os
mamíferos, no princípio da era, estavam representados apenas por formas de
reduzidas dimensões e pouco especializadas – algumas sintéticas, visto que
apresentavam caracteres pertencentes actualmente a grupos diferentes. Mas
durante a era, surgem formas de maiores dimensões (algumas mesmo gigantescas),
com cérebro mais desenvolvido e revelando uma maior especialização de certos
órgãos.
A
dentição, por exemplo, que, nas formas do princípio da era, se apresentava
omnívora, mostra-se já carnívora ou herbívora, em formas mais recentes.
A
conformação das patas modifica-se igualmente, aparecendo formas com os membros
adaptados à caça (providos de garras desenvolvidas), à corrida (com redução do
número de dedos), etc.
Foi
no meio da era Terciária que os mamíferos atingiram o seu apogeu. Viveram então,
na Europa, mastodontes, elefantes, rinocerontes, hipopótamos, grandes
cervídeos, ursos, leões, panteras, hienas, etc..
Figura 2 – ilustração
de alguns mamíferos do Cenozóico. No centro o paleotragus (18 Ma, http://www.cienciablogada.com.br/2012/02/incompleta-evolucao-das-girafas-tres.html,
21-12-2012), ancestral da girafa.
Fonte: http://www.girafamania.com.br/okapi/paleontologia.html,
consultado em 21-12-2012.
Os
mamutes apareceram no fim da era.
Ainda
no que diz respeito aos mamíferos, é importante salientar a diferenciação dos
primatas.
Representados,
a princípio, apenas por formas lemurianas, apresentavam já no fim da era,
variadas formas simiescas.
De
salientar que na era Cenozóica não existiam répteis gigantescos, aves com
dentes, amonites nem rudistas.
Dada
a grande representação que o grupo dos mamíferos teve na era Cenozóica, esta
era ficou conhecida pela Era dos
Mamíferos.
Figura 3 -
Distribuição de alguns seres vivos ao longo da História da Terra.
Fonte: http://www.girafamania.com.br/okapi/paleontologia.html,
consultado em 8-12-2012.
Bibliografia:
“Lições de Geologia (para o 7º ano liceal), Natércia Guimarães e Augusto
Medina, Porto Editora, Lda., 1962.
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