O
Mesozóico compreende 3 períodos: Triásico, Jurássico e Cretácico. O seu início
é assinalado pelo desaparecimento de alguns agrupamentos biológicos e pelo
aparecimento de outros.
Foi
uma Era mais “calma” que a Era Paleozóica, visto que nela não se verificaram
movimentos orogénicos com a intensidade daqueles que ocorreram nesta última.
O
evento marcante desta era foi a separação dos dois supercontinentes, Gondwana e
Laurásia, que deram origem às atuais massas continentais.
Estão
representados, nesta era, todos os grandes grupos vegetais.
Durante
o Triásico e uma parte do Jurássico, a flora tem, ainda, um cunho nitidamente
paleozóico. Mas, em seguida, verifica-se uma franca decadência das pteridófitas
e um grande desenvolvimento das espermatófitas. As pteridospérmicas
extinguem-se.
No
jurássico predominam já as gimnospérmicas – cicadíneas e coníferas. De entre as
cicadíneas, salienta-se a família das benetilíneas, com flores hermafroditas,
estabelecendo a transição para as angiospérmicas.
No
fim do Jurássico, parece terem aparecido as monocotiledóneas.
No
cretácico inferior, foram encontrados vestígios das primeiras dicotiledóneas.
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Figura 1 - Fóssil
de Ginkgo.
Fonte: http://kwanten.home.xs4all.nl/evolution2.htm,
consultado em 7-12-2012.
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Figura 2 - Folhas
de ginkgo na atualidade. Fonte: http://www.plantsmedicinal.com/herbs-ginkgo.php?lang=eng,
cons. em 7-12-2012.
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Ginkgo
é uma árvore de folha caduca que pertence pertence ao grupo das gimnospérmicas
e à família Ginkgoaceae.
Figura 3 - Plantas
do Mesozóico.
Fonte: http://olivrodosdinossauros.blogspot.pt/2011/03/pag-4.html,
consultado em 7-12-2012.
Quanto
à fauna, dos protozoários, abundam os foraminíferos, com grande variedade de
formas e também de radiolários.
Dos
equinodermes, encontram-se representadas todas as classes atuais, mas são as
dos crinóides e equinóides as que apresentam maior abundância de formas. Os
crinóides, embora diferentes dos crinóides paleozóicos tiveram, ainda no
Triásico, um grande desenvolvimento, tendo contribuído, com os seus restos,
para a formação de numerosos calcários. Os equinídeos são óptimos fósseis
estratigráficos – algumas das suas espécies caracterizam determinados andares
da era Mesozóica. Durante o Triássico e parte do Jurássico, verifica-se o
predomínio das formas regulares sobre as irregulares.
Os braquiópodes começam a declinar,
reduzindo-se, extraordinariamente, o número dos seus géneros. Destes, os mais
importantes do Mesozóico são os géneros Rhynchonella
e Terebratula, que já existiam no
Paleozóico.
De
todos os grupos de invertebrados do Mesozóico, aquele que assumiu maior
importância foi, sem dúvida, o dos moluscos. Encontravam-se já representados
todas as classes atuais, mas as que tiveram maior incremento foram as dos
lamelibrânquicos e cefalópodes.
A
classe dos lamélibrânquicos compreendia várias famílias: Trigonidae,
Pectinidae, Aviculidae, Ostreidae, Rudistidae ou Rudistas. Estes últimos formam
recifes, são característicos do Cretácico.
Figura 4 - Fósseis
do Jurássico superior da região de Alcobaça.
Fonte: http://mesozoico.wordpress.com/2009/06/01/patrimonio-paleontologico-do-jurassico-superior-da-regiao-de-alcobaca/#,
consultado em 8-12-2012.
No
conselho de Alcobaça, na freguesia da Vestiaria, incluída na folha 26-B
(Alcobaça) da carta militar, foram encontrados fósseis de equinodermes, corais,
braquiópodes, bivalves, cnidários e gastrópodes, evidenciando antigos meios
marinhos de plataforma interna, pouco profundos e com bioconstruções recifais.
Os
cefalópodes assumiram também, no Mesozóico, uma importância extraordinária. A
classe estava representada, especialmente, por amonóides e belemnitídeos.
Ao
contrário dos amonóides paleozóicos que apresentavam linhas de sutura simples,
os amonóides mesozóicos apresentavam linhas de sutura do tipo ceratítico e
amonítico.
No
cretácico, os amonóides extinguem-se, aparecendo então, formas desenroladas e
até direitas.
Figura 5 - Fósseis
de Amonites.
Fonte: http://www.eponimos.com/2010/08/amonites.html,
consultado em 8-12-2012.
Os
cordados tiveram mais larga representação que no Paleozóico.
Dos
peixes, apareceram, nesta era, pela primeira vez, os teleósteos.
Os
répteis tiveram tal desenvolvimento, que a era mesozóica é, também, designada
por Era dos Répteis.
Havia
os terrestres – dinossauros, aquáticos – ictiossauros e plesiossauros, e
voadores – pterossaurus.
Alguns
tinham dimensões gigantescas e conformação estranha em relação às formas
atuais. Ao lado destas formas, viviam outras já semelhantes às atuais
(tartarugas, crocodilos).
No
Cretácico, as formas reptilianas gigantescas entram em franco declínio.
Em
calcários litográficos do Jurássico da Baviera (Alemanha), foram encontrados,
pela primeira vez, fósseis de aves.
Tratava-se
de formas sintéticas, pois, além de caracteres de réptil (mandíbulas providas
de dentes cónicos, cauda com numerosas vertebras, membros anteriores de três
dedos providos de garras, etc.), estes seres possuíam nítidos caracteres das
aves atuais.
Os
mamíferos aplacentários (alguns com características reptilianas) apareceram no
triásico. As primeiras formas placentárias surgem no Cretácico.
Figura 6 - Pegadas
de dinossauros da pedreira do Galinha (Vila Nova de Ourém)
Fonte: http://geologianaoesocalhaus.blogspot.pt/2012/02/geossitios-em-portugal.html,
consultado 8-12-2012.
A
fotografia anterior foi tirada no geosítio classificado como monumento Natural
onde ocorrem diversos trilhos de pegadas com grande extensão.
Figura 7 - Ambiente
do Mesozóico.
Fonte: http://rusoares65.pbworks.com/w/page/24404079/Era%20Mesoz%C3%B3ica,
consultado em 8-12-2012.
Bibliografia:
“Lições de Geologia (para o 7º ano liceal), Natércia Guimarães e Augusto
Medina, Porto Editora, Lda., 1962.
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