sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FÓSSEIS DE ERA - Cenozóico



Esta Era compreende três períodos – Paleogénico, Neogénico e Quaternário.
O seu início marca-se por profundas alterações da flora e, sobretudo da fauna, as quais, no decorrer da era, se vão aproximando, mais e mais, das existentes actualmente.
A distribuição das terras emersas e dos mares experimentou, também, grandes variações, devido, sobretudo, aos intensos movimentos orogénicos que a perturbaram. Foram estes movimentos que originaram o relevo dominante nos tempos atuais.
Assumiram, igualmente, grande violência os fenómenos de vulcanismo ocorridos durante esta Era.

Flora – O facto mais importante a assinalar é o predomínio crescente das angiospérmicas. Quer as monocotiledóneas, quer as dicotiledóneas estavam representadas por numerosas espécies, muitas delas idênticas às atuais.
Figura 1 – Fóssil de folha de uma árvore da espécie Nissa haidingeri, do Miocénico.

Fauna – Os invertebrados estavam representados por quase todas as famílias hoje existentes.
Dos protozoários, assumiram extraordinária importância os foraminíferos. Destes, as numulites são características do Paleogénico.
Dos equinodermes continuam a estar largamente representados, sobretudo por formas irregulares, os equinídeos, os quais assumem grande importância estratigráfica. Os crinóides, são já raros.
Certas ordens de insectos (lepidópteros, himenópteros, dípteros) tiveram um grande desenvolvimento, relacionado, sem dúvida, com o das plantas com flores.
Os moluscos estavam largamente representados, especialmente por lamelibrânquios e gastrópodes.
Dos cefalópodes, os belemnitídeos extinguem-se no princípio do Paleogénico.
No que respeita aos vertebrados, os peixes, os batráquios, os répteis e as aves tinham características idênticas às das formas atuais.
Os mamíferos, no princípio da era, estavam representados apenas por formas de reduzidas dimensões e pouco especializadas – algumas sintéticas, visto que apresentavam caracteres pertencentes actualmente a grupos diferentes. Mas durante a era, surgem formas de maiores dimensões (algumas mesmo gigantescas), com cérebro mais desenvolvido e revelando uma maior especialização de certos órgãos.
A dentição, por exemplo, que, nas formas do princípio da era, se apresentava omnívora, mostra-se já carnívora ou herbívora, em formas mais recentes.
A conformação das patas modifica-se igualmente, aparecendo formas com os membros adaptados à caça (providos de garras desenvolvidas), à corrida (com redução do número de dedos), etc.
Foi no meio da era Terciária que os mamíferos atingiram o seu apogeu. Viveram então, na Europa, mastodontes, elefantes, rinocerontes, hipopótamos, grandes cervídeos, ursos, leões, panteras, hienas, etc..

Figura 2 – ilustração de alguns mamíferos do Cenozóico. No centro o paleotragus (18 Ma, http://www.cienciablogada.com.br/2012/02/incompleta-evolucao-das-girafas-tres.html, 21-12-2012), ancestral da girafa.
Os mamutes apareceram no fim da era.
Ainda no que diz respeito aos mamíferos, é importante salientar a diferenciação dos primatas.
Representados, a princípio, apenas por formas lemurianas, apresentavam já no fim da era, variadas formas simiescas.
De salientar que na era Cenozóica não existiam répteis gigantescos, aves com dentes, amonites nem rudistas.
Dada a grande representação que o grupo dos mamíferos teve na era Cenozóica, esta era ficou conhecida pela Era dos Mamíferos.

Figura 3 - Distribuição de alguns seres vivos ao longo da História da Terra.

Bibliografia: “Lições de Geologia (para o 7º ano liceal), Natércia Guimarães e Augusto Medina, Porto Editora, Lda., 1962.

Sem comentários:

Enviar um comentário