Carbonífero e Pérmico
Os dois períodos seleccionados
para este trabalho são o Carbonífero
e o Pérmico do Paleozóico.
Estes dois períodos pertencem ao
Eon Fanerozóico, que vai desde há cerca de 542 Ma até ao presente. Proterozóico
significa a existência de vida evidente. Pertencem à Era do Paleozóico que vai
de 542 Ma a 251 Ma. Os Períodos do Carbonífero e do Pérmico, vão de 359 Ma a
299 Ma e de 299 Ma a 251 Ma, respectivamente.
Carbonífero
No início do século XIX, em Inglaterra, estabeleceu-se o primeiro
período geológico: o carbonífero.
Nos Estados Unidos o Carbonífero
pode ser decomposto em Mississipiano (carbonífero inferior) e Pensilvaniano
(carbonífero superior). Este sistema foi adoptado para distinguir na maior
parte como camadas de carvão que fazem parte do Pensilvaniano e a de rochas
calcárias o Mississipiano.
O Período Carbonífero
proporcionou condições ideais para a formação de carvão, eventos biológicos
diversos, geológicos e climáticos marcaram este Período.
Orogenia/fases tectónicas
Geologicamente, houve uma colisão
da Laurásia (Europa, Ásia e América do Norte) e a Gondwana (África, Austrália,
Antártida e América do Sul que produziu os Apalaches, cadeia de montanhas da
América do Norte e das montanhas hercinianas no Reino Unido. Uma colisão
posterior da Sibéria e Europa criou os montes Urais.
Neste período formaram-se os
Apalaches, pelo choque da Europa e África com a costa leste dos Estados Unidos
(horogenia hercínica).
Fig. 1 - Distribuição dos continentes e dos mares no
início do Período Carbonífero
(entre 360 e 286 Ma).
Evolução Climática
O clima era quente e seco mas com
o passar do tempo ficou mais frio e húmido. Durante o Carbonífero houve um
arrefecimento pronunciado, havendo uma glaciação durante o Pensilvânico,
desencadeado pela migração para o Sul da Gondwana. Embora as regiões
equatoriais permanecessem quentes e húmidas num clima tropical, os pólos
ficaram cobertos por camadas de gelo maciço. Vastos lençóis de gelo cobriam a
Gondwana.
Fig. 2 - A Gondwana migrou para o Sul e o clima arrefeceu. Houve
uma glaciação.
Evolução Biológica/Organismos característicos
Os graptólitos dendróides
desapareceram. Surgiram grandes florestas e consequente formação de grandes
jazidas de carvão. Árvores que caíam em pântanos eram soterradas sem se
decomporem, pois havia pouco oxigénio. O soterramento levava a um aumento da
temperatura, causando transformações químicas, resultando no carvão, através de
várias etapas: turfa – lenhite – hulha – antracite.
Uma das inovações evolucionárias
carboníferas foi o ovo amniótico, que permitiu a exploração do meio terrestre
por determinados tetrápodes. O ovo amniótico permitiu que os antepassados das
aves, mamíferos e répteis se reproduzissem em terra impedindo a dessecação do
embrião.
No final do carbonífero, os
répteis adquiriram a capacidade de se reproduzir em terra.
Havia uma tendência para
temperaturas suaves durante o carbonífero, que evidenciou a diminuição de
licófitas (plantas do grupo das pteridófitas que apresentam microfilos) e
insectos grandes e um aumento do número de samambaias (fetos) gigantes.
O período de Pensilvaniano é
identificado pelas grandes jazidas de carvão que existem no mundo datadas desta
época. Os fósseis de vida marinha caracterizam o período Mississipiano. Estes
fósseis incluem corais solitários Syringopora, corais coloniais tubulares.
Outros corais coloniais fósseis incluem Stelechophyllum e Siphonodendron.
Outros fósseis índice são os conodontes, eles são utilizados internacionalmente
para datar rochas do Mississipiano.
Na vida animal crinóides briozoários em seu ápice. Expansão dos labirintodontes, dos quais surgem os cotilossaurus. Surgem os primeiros animais voadores os insetos.
Na vida vegetal surgem enormes florestas de pteridófitas, plantas de esporos e tecidos vasculares. Surgimento das pteridospermas e destas as primeiras gimnospermas que possuíam sementes.
Na vida animal crinóides briozoários em seu ápice. Expansão dos labirintodontes, dos quais surgem os cotilossaurus. Surgem os primeiros animais voadores os insetos.
Na vida vegetal surgem enormes florestas de pteridófitas, plantas de esporos e tecidos vasculares. Surgimento das pteridospermas e destas as primeiras gimnospermas que possuíam sementes.
Fig. 4 - Arthropleura,
inseto gigante do Carbonífero, de há cerca de 330 Ma.
O arthopleura era um gigantesco artrópode que viveu há
aproximadamente 330 Ma durante o Carbonífero na América do Norte e na Europa, é
o maior artrópode que já existiu, podia ultrapassar dois metros de comprimento,
preferiam os ambientes com vegetações abertas e aluviais, em planícies
inundadas, assim como rios aterrados. Foram encontrados rastos fósseis nos EUA
e na Europa.
Pérmico
O Período Pérmico ocorreu entre
299 e 251 Ma. Foi o último Período da era Paleozóica.
A separação entre o
Paleozóico e o Mesozóico ocorreu no fim do Pérmico na grande extinção maciça, a
maior registada na história da vida da Terra. A extinção afetou muitos grupos
de organismos em ambientes variados, mas sobretudo as comunidades marinhas, causando a extinção da maioria dos invertebrados marinhos do
Paleozóico.
Alguns grupos sobreviveram à extinção maciça do pérmico em número
extremamente diminuído, porém nunca mais alcançaram o domínio
ecológico que tiveram.
No ambiente terrestre, uma extinção relativamente menor dos
diapsídeos e dos sinapsídeos mudou a maneira de domínio das espécies, dando
origem no Triásico à idade dos dinossauros. As florestas gigantes de
pteridófitas deram espaço a florestas de gimnospérmicas em definitivo. As
coníferas modernas apareceram primeiro no registo fóssil do Pérmico.
Orogenia/fases tectónicas
Neste Período Pérmico continua a
orogénese Apalachiana.
Evolução Climática
A geografia da época indica que o
movimento das placas tectónicas tinha produzido o supercontinente conhecido
como Pangeia.
A Pangeia começava no pólo Norte
e ia até ao pólo Sul. A maior parte da superfície da Terra foi ocupada por um
único oceano conhecido como Panthalassa e um mar menor ao leste da Pangeia
conhecido como Tethys.
Nos eventos geológicos ocorreram
enormes glaciações no Sul, pois este ainda estava muito próximo do Pólo no
Pérmico Inferior
Evolução Biológica/Organismos característicos
A fauna terrestre foi dominada
por insectos semelhantes a baratas e animais que não eram nem répteis nem mamíferos
(grupo dos Synapsida). Havia anfíbios gigantes, e no mar, tubarões primitivos,
moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobites e artrópodes gigantescos como
Euriptéridos ou escorpiões do mar. As únicas criaturas voadoras do período eram
parentes gigantes das libélulas.
Fig. 6 - Exemplar pertencente a classe
Synapsida.
Apareceram no Carbonífero
Superior (Pensilvaniano) e os mais primitivos (os Pelicossauros) foram
abundantes principalmente no Permiano Inferior (Cisuraliano).
A flora era caracterizada por
árvores do género Glossopteris. Os
répteis tiveram grande desenvolvimento, dominando a era seguinte, o Mesozóico.
Fig. 7 - Flora
do Pérmico e exemplares do Dimetrodon.
Fonte: http://bibliotecadeinvestigaciones.wordpress.com/ecologia/las_5_extinciones_en_masa/,
consultado em 09-06-2013.
No final do Período Pérmico
ocorreu a maior extinção em massa da História da Terra, na qual desapareceram 95%
das espécies existentes. O filme seguinte é um documentário do Discovery
Channel sobre a descoberta das causas da extinção do Pérmico/Triásico.
Sem comentários:
Enviar um comentário